Um vídeo publicado por uma emissora de televisão de Cuiabá essa semana, causou polêmica ao mostrar o momento em que um reeducando da Cadeia Pública de Juara, identificado como Hermes, sai em uma viatura da Polícia Penal, dirigida pelo agente prisional Claudinei Vilela, que é seu cunhado.

A reportagem destacou que Hermes teria sido levado por Claudinei para visitar familiares, o que gerou questionamentos sobre possíveis irregularidades.

O Show de Notícias procurou o agente prisional, que encaminhou a questão ao seu advogado de defesa, Anderson Nunes de Figueiredo.

Esclarecimentos sobre o caso

O advogado Anderson Nunes de Figueiredo, representante do agente prisional Claudinei Vilela, esclareceu que a saída do reeducando foi exclusivamente para atendimento médico.

Hermes teria fraturado a clavícula ao cair da cama e, por falta de atendimento médico imediato na unidade prisional, precisou ser levado a um centro de saúde para colocação de um imobilizador no braço esquerdo.

Anderson informou ainda, que Hermes foi transferido para o sistema prisional de Juína, onde já tem cirurgia ortopédica marcada para a próxima semana. Ele demonstrou surpresa com o fato de um vídeo interno do sistema prisional ter "vazado" para a imprensa de forma inesperada.

"O vídeo que mostra a saída de Hermes dá a entender que ele foi levado para visitar familiares. Porém, as imagens foram feitas na frente da Cadeia Pública de Juara, e o deslocamento foi para o atendimento de emergência, que confirmou a fratura. O transporte seguiu todos os trâmites legais e foi motivado por necessidade médica," afirmou o advogado.

Polêmica e vazamento do vídeo

A divulgação do vídeo em Cuiabá, sem que a imprensa local tivesse acesso ao material, levantou dúvidas sobre a origem do vazamento. Procurado pelo Show de Notícias, o diretor afastado da unidade prisional, disse que está de férias e não poderia se pronunciar.

O substituto do cargo ainda não foi localizado pela reportagem.

O advogado destacou que a acusação contra o agente Claudinei é infundada, considerando que o transporte de Hermes seguiu os protocolos necessários para atender uma emergência médica.

Posicionamento do agente e da família

O agente prisional Claudinei Vilela, que acompanhou o reeducando, reiterou que as imagens mostram um procedimento legítimo e lamentou a interpretação distorcida dos fatos. Ele e sua defesa afirmaram que a verdade será esclarecida, preservando a integridade dos envolvidos.

"Como o diretor não estava na unidade, conversei com o colega de plantão e levei o reeducando, como já fiz em outras oportunidades, uma vez que meu companheiro estava atarefado e não poderia me acompanhar. Como Hermes estava com dores, optei por levá-lo para colocar o imobilizador e ser medicado. Em casos de saúde, não é necessário autorização prévia da direção para levar o reeducando ao médico," explicou Claudinei.

Impacto na imagem da unidade prisional

A repercussão do caso trouxe atenção para a Cadeia Pública de Juara, que agora enfrenta questionamentos sobre a segurança e o manejo de seus reeducandos. A defesa espera que os esclarecimentos dissipem as dúvidas e reforcem a legalidade das ações realizadas.