Queda de aeronave em região remota e de difícil acesso, distante cerca de 150 km da cidade de Juara, mobiliza as forças de segurança e as primeiras informações apontam que a aeronave era pilotada pelo ex-delegado de Polícia Civil Arnaldo Agostinho Sottani, 53 anos, que teria morrido carbonizado.
As últimas informações oficiais é que a equipe formada por peritos da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), policiais civis e soldados do Corpo de Bombeiros conseguiram chegar ao local da queda da aeronave por volta das 18h desta terça-feira (2), quando iniciariam os trabalhos
Conforme noticiado pela imprensa local, a aeronave de pequeno porte caiu na comunidade rural Portal do Céu, seguindo de Juara sentido ao distrito de Paranorte, no início da manhã.
Ela teria sido interceptada pela Força Aérea Brasileira (FAB) e por não apresentar plano de voo e não atender às ordens foi atingida, conforme a Lei do Abate, que autoriza a FAB a destruir aeronaves que invadam o espaço aéreo de forma irregular e representem ameaça à segurança nacional.
Em razão da distância do ponto do acidente aéreo e a dificuldade de acesso, o delegado Carlos Henrique Engelmann assegurou que somente na manhã desta quarta-feira (3) poderiam ser repassadas informações oficiais sobre a investigação no local do acidente. De acordo com informações da Politec, a queda de uma árvore no percurso atrasou o grupo.
Mas, mesmo sem confirmação pelos órgãos oficiais da Segurança Pública, durante todo dia as informações de bastidores apontavam para o ex-delegado, que estaria atuando novamente no tráfico aéreo. No dia 26 de setembro de 2016, Sottani foi preso no município de General Carneiro (442 km a leste), transportando 150 quilos de cocaína em um avião.
Ele tentou escapar ao cerco policial e levantar voo em uma pista clandestina, mas foi ferido por um disparo de fuzil em uma das pernas, após trocar tiros com policiais que participavam de uma operação conjunta. Outros três integrantes do bando foram presos no local.
Em março de 2021, foi preso pela Polícia Civil de Minas Gerais, sob a acusação de lavagem de dinheiro, ao tentar comprar uma aeronave no valor de R$ 260.040,00 em dinheiro. Nas redes sociais, mantém anúncio de escritório de advocacia.
Silvana Ribas - A Gazeta
Publicado em 03 de Dezembro de 2025 , 16h00 - Atualizado 03 de Dezembro de 2025 as 19h10