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Tenente coronel de Juína é exonerado após investigação de acusação por estupro.
Tenente coronel de Juína é exonerado após investigação de acusação por estupro.
Por Administrador
Publicado em 22/08/2025 07:31
Notícias

O Tenente-Coronel Dall'Acqua, que até recentemente comandava o 20º Batalhão da Polícia Militar em Juína, foi exonerado da função após denúncia de que seria autor de estupro e de duas tentativas de estupro.

A exoneração foi publicada após investigação instalada pela Corregedoria da Polícia Militar.

Em nota, o advogado Geraldo Silva Bahia Filho, que defende o policial, afirmou que a exoneração do comando não implica punição administrativa por causa do inquérito. Ainda segundo a defesa, as narrativas apresentadas não estão respaldadas em fatos e representam um ataque à honra do militar.

Conforme a denúncia recebida em abril deste ano por meio do sistema Fala, Cidadão, o tenente-coronel teria estuprado uma estagiária que prestava serviços ao 8º Comando Regional de Juína, chefiado por ele. O crime, segundo a denúncia, ocorreu durante a passagem de comando no município, no dia 19 de fevereiro de 2024, quando ele assumiu como novo comandante local.

Uma portaria assinada pelo coronel Noelson Carlos Silva Dias, corregedor-geral da PM de Mato Grosso, abriu o inquérito policial militar contra o tenente-coronel e determinou a apuração da denúncia.

De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Militar, o afastamento do oficial foi determinado pela Corregedoria um dia depois de uma das vítimas ser ouvida, na segunda-feira (11). Além disso, uma equipe da Patrulha Maria da Penha de Cuiabá foi encaminhada à cidade para acompanhar o caso e para ouvir uma segunda vítima e prestar auxílio emocional e psicológico às vítimas e familiares.

"Em decorrência da lei, o IPM tramita sob sigilo por se tratar de denúncia de violência sexual contra mulheres, em resguardo as vítimas", diz nota da assessoria. "A Polícia Militar ressalta que trabalha para elucidar o caso e que não coaduna com nenhum tipo de crime ou atividade ilícita por parte de seus integrantes."

A denúncia recebida pela Corregedoria também aponta que o tenente-coronel continuou a assediar a estagiária dentro do quartel. Um dos trechos da denúncia narra que, em setembro de 2024, o militar puxou a vítima pelo braço e exigiu que ela saísse com ele. Ainda conforme a denúncia, a situação foi apaziguada apenas com a intervenção de outros policiais.

Procurada, a estagiária disse à reportagem ter medo de falar e não quis dar entrevista nem fornecer contato de sua defesa.

O inquérito aberto também cita que o militar é acusado de assediar uma policial civil do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), formado por policiais civis e militares para a proteção da fronteira Brasil-Bolívia em Mato Grosso.

Além disso, uma servidora da Prefeitura de Juína também afirma ter sido vítima do tenente-coronel. A portaria de abertura do inquérito também cita que foram registradas vítimas na cidade de Aripuan? (a 1.197 km de Cuiabá), município que estava sob a área de influência do 8º Comando Regional, chefiado por Alexandre Dal Acqua.

Segundo nota do advogado, o tenente-coronel, "embora tenha recebido com surpresa a instauração do IPM, mantém-se sereno, convicto de sua inocência e à inteira disposição da Justiça para todos os esclarecimentos necessários".

A defesa do policial também lamentou o vazamento das informações sobre o inquérito à imprensa. A investigação tramita sob sigilo na Corregedoria. Segundo o advogado, esse vazamento provoca distorções dos fatos, interpretações parciais e impressões equivocadas.

 

 

 

 Fonte: jornaldebrasilia
Publicado em 22 de Agosto de 2025 07h00 - Atualizado as 07h07

 

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