De acordo com o prefeito de Juara, Nei da Farmácia, em entrevista à TV local na manhã de hoje, a paralisação foi inevitável, ele explicou que a atual gestão herdou um contrato assinado no dia 30 de dezembro de 2024 pelo ex-prefeito Carlos Sirena, com validade imediata.
A licitação havia sido realizada no dia 18 do mesmo mês e o contrato previa um valor superior a R$ 770 mil mensais.
Ao assumir o mandato em 1º de janeiro, Nei e sua equipe identificaram a falta de dotação orçamentária e condições financeiras para executar o contrato, que demandaria recursos acima da capacidade da Prefeitura, inclusive comprometendo o pagamento dos servidores públicos.
"Não tínhamos receita para isso. Não teríamos nem como pagar o salário do servidor público", afirmou o prefeito.
Tentativas de renegociação com a empresa ocorreram por duas vezes, mas os valores propostos não foram considerados viáveis pela administração.
Segundo o prefeito, a gestão tentou cancelar o contrato, mas foi impedida por decisão judicial. A situação se agravou ainda mais com o vencimento do contrato com o aterro sanitário no dia 28, impossibilitando o envio dos resíduos para destinação adequada, conforme determina o Ministério Público, que já havia proibido o uso do lixão a céu aberto.
A administração municipal conseguiu negociar uma redução do valor do contrato para R$ 432 mil, valor que, segundo o prefeito, está dentro das condições financeiras da Prefeitura.
No entanto, para que o serviço seja retomado, é necessário que a Câmara de Vereadores aprove, ainda nesta terça-feira, uma suplementação orçamentária que viabilize a ordem de serviço.
"Está nas mãos dos vereadores. Nós só podemos dar a ordem de serviço a partir do momento que houver dotação. Deixar claro que a responsabilidade do contrato não é da atual gestão, mas estamos tentando resolver da melhor forma possível", explicou o prefeito, ressaltando que a empresa só poderá iniciar a coleta após a formalização do contrato com a dotação necessária.
Enquanto a situação não for resolvida, a coleta de lixo segue suspensa, gerando transtornos à população. O prefeito garantiu que, caso o projeto seja aprovado pela Câmara, os serviços serão normalizados. Caso contrário, a Prefeitura deverá buscar respaldo jurídico para decidir os próximos passos.
“Queremos transparência e responsabilidade com os recursos públicos. A população precisa entender que essa paralisação é fruto de uma situação herdada e que estamos trabalhando para resolvê-la o mais rápido possível”, concluiu o prefeito Nei.
A expectativa agora gira em torno da sessão extraordinária da Câmara de Vereadores marcada para hoje. A decisão será crucial para definir os rumos do serviço de coleta de lixo em Juara.
Aparicio Cardozo Show de Notícias/Informações
Publicado em 29 de Julho de 2025 , 18h06 - Atualizado 29 de Julho de 2025 as 19h39