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Preso alega que era extorquido por ex-jogador e decidiu matar
Segundo o delegado Caio Albuquerque, Idirley será interrogado formalmente, mas já apresentou uma versão preliminar durante diligências realizadas pela equipe policial.
Por Administrador
Publicado em 14/07/2025 16:18
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Idirley Alves Pacheco, empresário preso pelo assassinato do ex-jogador da seleção brasileira de vôlei, Everton Pereira Fagundes da Conceição, 46, alegou que vinha sendo extorquido pela vítima e por isso matou. A nova versão foi relatada informalmente por ele à Polícia Civil, após se entregar na manhã desta segunda-feira (14), na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), 4 dias após o homicídio.

Segundo o delegado Caio Albuquerque, Idirley será interrogado formalmente, mas já apresentou uma versão preliminar durante diligências realizadas pela equipe policial. “É uma versão que ele até estava dizendo para os policiais, por ocasião das diligências atrás da arma, seria uma extorsão, que a vítima estaria extorquindo ele. Mas vamos, no interrogatório, caso ele queira dizer, questionar em que consiste essa extorsão, valores, porque e quais pessoas estariam envolvidas nisso”, explicou o delegado.

Idirley negou motivação passional e qualquer sentimento de ciúmes. “Ele refuta a questão passional. Ele fala que não tinha ciúmes”, disse Albuquerque.

A Polícia Civil, no entanto, ainda trata as informações como preliminares e destaca que a investigação seguirá com apuração de todas as circunstâncias e possíveis testemunhas. “Não quer dizer que a Polícia Civil vai acreditar nessa versão. É uma versão dele, né? Por óbvio ele tem até o direito de permanecer em silêncio e dar a versão que melhor lhe aprouver”, afirmou o delegado.

O caso

De acordo com as investigações iniciais, Idirley armou a emboscada para executar o ex-jogador a tiros, dentro da caminhonete, na altura do posto Bom Clima, na avenida Dr. Hélio Ribeiro, no Residencial Paiaguás, em Cuiabá. Após desferir pelo menos 5 disparos contra a vítima, que conduzia a caminhonete Amarok do assassino, ele fugiu.

Baleada, a vítima perdeu o controle da direção, bateu em outro veículo e morreu ainda na caminhonete. Inicialmente, as investigações apontaram que o crime teria sido motivado por ciúmes do assassino em relação à ex-companheira, que estaria mantendo um relacionamento com a vítima.

Os 3 fazem parte do mesmo círculo de amizade e Everton inclusive estaria tentando apaziguar a situação entre o casal, já que a ex-mulher do assassino já teria pedido medidas protetivas contra ele por ameaças.

Na noite do crime, Idirley atraiu o jogador pedindo que fizesse um favor a ele, para levar a caminhonete até um local específico. Embarcou com ele no veículo e em dado momento passou para o banco de trás, anunciando o suposto sequestro, que terminou em homicídio.

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